terça-feira, 26 de abril de 2016

Entrevista concedida por mim pra o site da UOL (portal Disney Babble)

COMPORTAMENTO Filho que dá chilique no meio da rua: um drama real A birra tira do sério até mães e pais mais controlados, ainda mais se acontecer em locais públicos. Quer aprender a evitá-la? Filho que dá chilique no meio da rua: um drama real Em um almoço de domingo, Juliana Ali passou pelo que considera a pior birra já feita por seu filho Téo, que atualmente tem 7 anos. “Foi na casa da minha sogra, por causa de uma coisa bem boba, provavelmente porque não queria comer. Ele gritou, esperneou e a família toda tentou consertar a situação, o que só piorou tudo”, conta a jornalista e blogueira. Juliana precisou tirar o filho do ambiente. “Fomos dar uma volta de carro e eu disse que a gente só voltaria quando ele parasse com o chilique. Deu certo”, relembra. Locais públicos são alvos certos para as birras infantis por terem muitos atrativos, o que instiga a vontade da criança de explorar o ambiente e fazer suas exigências. É o que explica a psicóloga infantil Luciane Coelho dos Santos. “No entanto, ela ainda não consegue lidar com a não realização de um desejo seu, ou a vontade enorme de conseguir o que lhe dará prazer”, observa. Nancy Minervini entende bem disso. “A Stella sabe bem o que quer e se descontrola sempre que é contrariada”, conta a dona de casa, mãe da menina de 2 anos, que afirma “pisar em ovos” com ela. “Quando o escândalo é em casa, eu deixo chorar e logo ela se cansa. Mas, na rua, fica um pouco mais complicado. Tenho comigo sempre a mantinha dela, que funciona como um porto seguro (o famoso objeto transicional), e algo que ela goste de comer, para tentar acalmar os ânimos”, revela. Dependendo da ocasião, assim como fez Juliana, Nancy encerra o passeio. “Quando a Stella percebe que a diversão vai acabar, o choro diminui. Aí, eu sento com ela em um cantinho e converso. Acho que ela fica um pouco envergonhada”, conta. Essa, aliás, é uma das orientações da especialista Luciane Coelho dos Santos. “Por mais incômodo e frustrante que seja para todos, caso a criança não se acalme, desista do passeio. É a melhor forma de educar e seu filho possivelmente vai pensar antes de fazer birra novamente durante um programa”, afirma a psicóloga. Os terríveis 2 anos Stella e Téo protagonizaram as suas piores histórias de birra aos 2 anos. Será coincidência? Segundo Luciane, não se pode dizer que existam períodos mais ou menos problemáticos na vida de uma criança. Cada fase tem suas peculiaridades e a birra, muitas vezes, é um pedido de socorro, para que o adulto ajude a criança a entender o mundo. Porém, a psicóloga comenta: “Por volta dos 2 ou 3 anos, a criança passa por uma ampliação de competências e percepções. Tudo isso a faz ser mais exigente e a ter um entendimento melhor de suas vontades. E isso é um prato cheio para o descontrole”. É sempre importante lembrar que a birra faz parte do processo de desenvolvimento da criança. Cabe aos pais saberem lidar com a situação de maneira saudável. Dá para evitar a birra? Claro que dá! “Nunca subestime uma criança. A birra pode ser uma forma de testar os pais e entender até onde ela pode chegar”, comenta Luciane. O controle da situação precisa ser dos adultos e não dos filhos. Algumas dicas podem minimizar momentos de estresse como esse: Tente evitar ataques de birra conversando com a criança antes de sair de casa. Já deixe combinado o que será ou não permitido durante o passeio. O autocontrole é a maior arma contra a birra. Não se desestabilize, grite ou bata na criança na hora da crise. No caso de crianças bem pequenas, na hora da birra, mude o foco dela. Tente afastá-la do local do descontrole e mostre outros atrativos. Para as crianças maiores, mantenha a calma. Olhe nos olhos do seu filho e diga que essa não é a melhor maneira de conseguir as coisas. Não entre no jogo. Caso a criança não se acalme, desista do passeio, por mais frustrante que seja. Ela precisa sentir a perda. Quando as coisas se acalmarem, finalize a bronca com carinho, beijo e abraço. As crianças precisam se sentir seguras ao lado dos pais. Ao chegar em casa converse sobre o que aconteceu. Nunca deixe passar a oportunidade de educar. Não se importe com os olhares alheios. Todos os pais passam por momentos como esses. Você não está errando em seu papel de mãe ou pai e, com certeza, faz o melhor que pode para educar seus filhos. Em caso de cansaço físico e emocional, compartilhe suas dúvidas e dores com outras amigas mães. Você vai descobri que não está só. Como foi dito, a birra é um processo evolutivo. Entretanto, caso o comportamento se potencialize com o passar do tempo, é hora de entender o que está errado na dinâmica familiar e procurar ajuda especializada. (Foto: Getty Images) comportamento, filho, birra, chilique, choro, rua, o que fazer, criança NOTAS RELACIONADAS

sábado, 16 de janeiro de 2016

Timidez Superada

Sem patologias associadas , a timidez pode estar relacionada á personalidade ou a alguma vivencia anterior ou atual que iniba a comunicação. Nessa fase a criança está num mundo mágico e toda a atividade lúdica, como contar história e brincar, estimulam o contato dentro ou fora da escola com outras pessoas. Cuidado com a Superproteção, pois ela inibe a autonomia. Estimular que seu filho fale, quando estiver em algum lugar, como pedir um suco ao garçom no restaurante, ou conversar com um vendedor de uma loja de brinquedos por exemplo, conduz a socialização com outras pessoas. Comentários pejorativos, que inferiorizam e expõem a criança por uma atitude negativa, irão afetá-la ainda mais. a aprovação por suas conquistas, é a melhor saída e aumenta a autoestima, mostrando que o adulto confia nela e valoriza sua opinião. Tereza Uras, médica do centro de especialidades Pediátricas do Hospital Samaritano, em São Paulo.

deixamos de atender a APEOESP

terça-feira, 21 de abril de 2015

E quando o problema é dos pais?

E QUANDO O PROBLEMA É COM OS PAIS? Sensíveis ao que as rodeia, as crianças podem apontar os problemas, mas não ser a fonte. Ou seja: pode não estar acontecendo nada com o filho, mas é ele quem vai revelar a dificuldade da família. E não apenas estamos falando de casais em conflito – chegando à separação ou não –, perda de emprego de um dos pais, ou outro fator traumático no dia a dia, em que os adultos estejam “pedindo socorro”. Mas também de casos em que a questão seja a exagerada expectativa dos pais e a comparação desmedida com outras crianças. Segundo os especialistas, chegam ao consultório os mais diversos casos. “Desde separações em litígio, ou alguém deprimido, até pais muito invasivos, que exigem demais da criança e do desenvolvimento dela”, explica a psicanalista Gina Levozin. Muitas vezes os pais procuram o especialista, mas apenas uma conversa já resolve, até com o encaminhamento deles a uma terapia em separado. “A orientação pode ser suficiente. Informação correta acalma ansiedades”, diz a psicóloga Ceres de Araújo. Matéria retirada da revista crescer.

Seu filho Precisa de Terapia?

Seu filho precisa de terapia? Um comportamento diferente ou uma dificuldade inesperada de seu filho, um acontecimento traumático, uma reação surpreendente: o que pensar e qual atitude tomar na hora em que bate a dúvida de procurar um psicólogo. Saiba aqui que tipo de situação, quais especialistas você vai encontrar e por que não há razão para ter preconceito ou se sentir fracassado Quando planejamos ou temos um filho, a felicidade e a responsabilidade são tão grandes que muitas vezes nos parece uma missão impossível. Mesmo que a jornada já tenha começado. Diante de um conflito – de não conseguir que a criança saia da frente da TV até como fazê-la entender que seus pais não vão mais morar juntos –, é legítimo achar que a força de ser mãe ou ser pai vai desmoronar. Mas também legítimo é entender que pode precisar de ajuda. De alguém da família, de um educador da escola, de um amigo ou, sim, de um terapeuta. Mas quem é esse profissional? Como entender esses vários “psis” disponíveis? Psicólogo, psicanalista, psicopedagogo e psiquiatra são alguns dos especialistas apoiadores dos pais, desde um caso de transtorno comportamental diagnosticado a uma dificuldade pontual emocional. Ah, mas antigamente não precisávamos deles, alguém pode dizer. Verdade, sabe por quê? Antes sabíamos menos sobre o que se passa na infância. “O preconceito contra esse tipo de atuação profissional está diminuindo porque temos informações melhores”, diz o pediatra Eduardo Juan Troster, coordenador da UTI Neonatal do Hospital Albert Einstein (SP). “As questões da saúde evoluíram tanto que é praticamente impossível só um profissional dar conta de um ser humano do ponto de vista clínico, orgânico, mental, emocional”, diz a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo (SP). Claro que não é fácil enxergar um problema no filho. Para ninguém. Qual pai ou mãe não luta todos os dias para que ele seja feliz? “Os pais têm sempre um filho imaginado, e, às vezes, não conseguem aceitar o filho real, assumir para si mesmo que ele é diferente do esperado. É difícil não se culpar, não se decepcionar ou até sentir um certo ciúme de que outra pessoa vai ajudá-lo e não você”, diz Gina Khafif Levinzon, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise. Outra dificuldade pode ser a de não querer acreditar que o filho, de fato, tem algum problema e sempre buscar uma justificativa para o comportamento dele. Aceitar a realidade não quer dizer que você falhou. Mas quando procurar ajuda? Há dois sinais mais fortes. “Primeiro, se a criança ou adolescente tem um problema acadêmico. Não uma nota baixa, mas quando realmente se percebe que não está aprendendo. Segundo, se tem algum prejuízo de relacionamento social. Se exclui ou é excluído, é impulsivo demais, fica isolado no recreio, não tem amigos. Com a criança sofrendo, investigue”, diz o psiquiatra Gustavo Teixeira, autor dos livros Manual Antibullying e Desatentos e Hiperativos (ambos da Ed. BestSeller). S Juntos pela criança Parceria e foco são fundamentais. “Não adianta ter uma série de intervenções se os pais possuem uma conduta inapropriada. Indiretamente, eles quase que passam por um processo terapêutico também”, diz o psiquiatra Paulo Germano Marmorato, coordenador do Ambulatório de Socialização, do Serviço de Psiquiatria da Infância e do Adolescente do Hospital das Clínicas (SP). “Muitos temem que a criança fique dependente da terapia. Mas, na verdade, o objetivo é justamente fazer com que ela caminhe sozinha”, afirma Gina Levinzon. Por isso, para Marmorato, os pais precisam saber o que está acontecendo com a criança o tempo todo. “Para entenderem que tipo de proposta o profissional oferece. É um ‘o que vamos fazer para que seu filho consiga lidar melhor com o que está acontecendo’”, afirma ele, que também é psicoterapeuta. “O profissional verá primeiro os pais, perguntará sobre a concepção e o parto, os primeiros anos de vida, se teve doenças, como é a questão da alimentação, sono etc., e qual a queixa. Só depois a criança entra e, se necessário, começam as sessões”, explica Rita Calegari. Nelas, a criança vai ser submetida a testes específicos, mas ela achará que está brincando. “A gente avalia tudo, pensa nos encaminhamentos, que podem ser desde a terapia, uma consulta a um neurologista ou até fazer uma atividade física”, diz a especialista. As alterações de comportamento da criança são mais facilmente percebidas na escola. “O diagnóstico de um problema é frequentemente feito pela professora, que tem contato quase todos os dias do ano com a criança”, afirma Troster. Paciência e foco Se o diagnóstico exige habilidade do profissional, o tratamento pede paciência. É bem diferente de identificar um sintoma, levar ao médico, fazer o exame no laboratório, tomar o remédio e aguardar a cura. O tempo do tratamento varia conforme o caso e o método. Paciência, rede de assistência e informação são os ingredientes principais, não só na hora de optar por levar a criança ao terapeuta, mas para lidar com ela todos os dias. “Criança não vem com manual, todos erram e podem corrigir seus erros”, diz a psicóloga Ceres de Araújo, professora da PUC-SP. “A ideia é ajudar os pais a desenvolverem melhor a capacidade de ser pais daquela criança”, diz a psicanalista Gina Levozin Para cada caso, uma ação Os sintomas e diagnósticos variam. Fundamental é o primeiro profissional a atender a criança – seja o pediatra, psiquiatra, psicólogo ou psicanalista – fazer o encaminhamento necessário. Essa material foi retirada da revista crescer. Por Cristiane Rogério.

Indicação de leitura

Bom dia leitores do meu blog! Hoje quero indicar á vocês uma leitura muito interessante que eu estou fazendo e sugiro que todos á façam, pois abrirá caminhos antes não conhecidos. "Você pode curar sua vida" - Louise L. Hay - Editora Best Seller. Façam terapia, esse é o melhor caminho para que se atinja a plenitude. Até mais!

domingo, 14 de dezembro de 2014

Pré-adolescência

Seu filho não quer mais brincar? Entenda a pré-adolescência Daniela Venerando Do UOL, em São Paulo Não adianta insistir para que a criança brinque, mas também não deixe que ela antecipe vivências O fim das brincadeiras de criança vem acompanhado de muitas mudanças tanto para os filhos quanto para os pais. A menina deixa de lado seus brinquedos e quer começar a usar batom e a pintar as unhas. O menino, antes tão carinhoso, não quer mais ser beijado na porta da escola. Nessa fase, eles ainda não são adolescentes, ou seja não chegaram ao clímax da puberdade, quando a menina tem a menarca (a primeira menstruação) e o menino, a polução noturna (ejaculação involuntária que ocorre durante o sono). Estão passando pelo processo fisiológico de mudança hormonal e com ele vêm as alterações de comportamento. "Estão em transição de uma fase para a outra, mas ainda são muito infantis. Depois da puberdade, as mudanças se intensificam", afirma o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira, autor do livro "O Adolescente em Desenvolvimento" (Editora Harbra). O período é chamado de pré-adolescência e costuma ocorrer entre os oito e os 12 anos. Normalmente, a transformação acontece antes para as meninas por causa das modificações no corpo. Muitas, aos nove, começam a apresentar desenvolvimento das mamas. Nos meninos, o processo é mais lento e ocorre, em média, entre dez e 12 anos. Diante da mudança, o susto dos pais é grande e alguns tentam refrear o processo e estimular as brincadeiras de criança. Em vão. "Não adianta ficar insistindo para brincar. É também comum existir uma flutuação. A criança pode ter uma recaída e recuperar a boneca em alguns momentos. O importante é deixá-la fazer essa seleção espontaneamente", declara a educadora Tania Zaguri, autora de "Encurtando a Adolescência" (editora Record). Amador Pereira diz que os pais não costumam passar imunes por essa fase. "Todos estranham, uns mais, outros menos. É como se fosse elaborar a dor da perda. Afinal, percebem que o filho cresceu e, ao mesmo tempo, que eles próprios estão ficando mais velhos." Para os jovens, a situação também não é nada fácil. Ficam confusos, sem saber como lidar com esses novos desafios. Por isso, podem ter rompantes estranhos ou ficar introspectivos. Influência de todos os lados A mudança de interesses, precoce ou não, tem uma relação direta com o grupo ao qual a criança pertence. Os amigos são extremamente influentes nesse processo. Um colega mais avançado nas atitudes vai despertar o interesse nos demais. O comportamento excessivamente liberal de alguns pais também colabora para a antecipação dessa fase. Muitos adultos, sem perceber, acabam deixando o filho cair no exagero. Aceitam a pressão de crianças de quatro anos para usarem sandálias com pequenos saltos ou permitem que, aos dez, frequentem matinês ou passeiem em shoppings sozinhas. "Deve-se usar a autoridade de pai ou mãe e não permitir situações em que os filhos não conseguirão arcar com as consequências de seus atos. Não dá para deixar um jovem de dez anos em uma festa sem adultos", afirma Tânia. Nesses momentos é preciso muita conversa. Quer se maquiar? Não adianta proibir, mas tem de explicar que vai chegar a hora disso acontecer. Uma coisa é a menina de sete anos brincar de se maquiar, outra é viver maquiada. "O importante é buscar o equilíbrio", fala o psicólogo Antonio Carlos Pereira. É cedo falar de sexo? "O ideal é que a conversa sobre sexo aconteça após a puberdade ", diz Miguel Perosa, professor da Faculdade de Psicologia da PUC de São Paulo. Ou seja, se a menstruação veio precocemente, o assunto deve ser abordado, mas sem exageros. Não é preciso dar uma aula de anatomia sexual. No momento, a intenção é apenas evitar que jovens sem maturidade arquem com as consequências de uma gravidez precoce. Alguns pais têm receio de falar sobre o assunto e acabam estimulando ou acelerando a vida sexual do filho. "Há vários mitos sobre a gravidez e até hoje existem jovens que acreditam que não se engravida na primeira transa. Informação é essencial. Sempre que se fala de sexualidade tem de mencionar as responsabilidades. Ou seja abordar prevenção e doenças sexualmente transmissíveis, mas sem terrorismo ", diz Tânia.